terça-feira, 16 de julho de 2013

Inquérito civil do MP no caso Kiss: mais uma vez deixaram de fora o colega

O Ministério Público pediu a condenação do coronel Altair de Freitas Cunha, do tenente-coronel Moisés da Silva Fuchs, do major da reserva Daniel da Silva Adriano e do capitão Alex da Rocha Camillo, no inquérito civil sobre o incêndio na boate Kiss. Todos exerceram funções de chefia entre os anos de 2008 e 2013.

Mas o promotor cível Ricardo Lozza, que participou do Termo de Ajuste de Conduta com os proprietários da Kiss em 2012 - e entendo que possui grande responsabilidade pelo ocorrido já que poderia ter requerido melhores materiais e a retirada das grades - ficou de fora. Claro. Ora se um coleguinha iria ser indiciado pelos próprios colegas. No Brasil isso é (quase) impossível.

Creio que o MP brasileiro é um leão para acusar os outros. Menos quando o suspeito é membro do MP. Apontam falhas no Poder Executivo. Falhas no Poder Legislativo. Falhas no Poder Judiciário. E no MP, que não é um Poder, mas uma Instituição, não apontam falhas? O fiscal da lei é fiscal apenas quando os outros a descumprem? 

Pena que muitos brasileiros que pediram o arquivamento da PEC 37 não saibam disso. Se bem que o STF ainda irá se posicionar sobre o tema, e há quem diga que somente os crimes financeiros serão autorizados ao MP também investigar.