quarta-feira, 12 de junho de 2013

Só no Brasil...

Essa do juiz do Fórum de Santana, zona norte de São Paulo, em lançar portaria proibindo tipos de roupa dentro do local, demonstra bem a quem ponto chegou a soberba e o "endeusamento" de alguns servidores públicos.

O cara é pago com dinheiro público, detendo um ofício público, para atender ao público e exercendo a profissão em um local público! Não é em sua casa ou seu escritório particular. É um local público! Que mania! Como existem servidores que acham que as repartições e locais públicos são extensões da sua casa! Jamais! A ordem dentro de locais públicos não se confunde com proibições exageradas.

Acho que é só no Brasil que isso acontece: o cidadão que remunera o funcionário público é tratado por alguns deles como se fosse um serviçal, o que é totalmente o contrário! O funcionário público, seja de que Poder for, deve tratar o cidadão-contribuinte como o devido respeito, afinal, é seu pagador remuneratório.

Outra que acho que só acontece no Brasil é a veneração sobre algumas classes de funcionários públicos. O cara pode ter decorado alguns livros para ser aprovado em alguma coisa ou um arrogante que acha que seu umbigo é maior que o dos outros, mas basta tomar posse em algum cargo  para meia-dúzia estender um tapete vermelho.

Porém, fico feliz com algumas atitudes vindas de longe, por exemplo, como em um julgamento no TSE, em que a ministra Carmem Lúcia, ouvindo os reclames de alguns outros ministros acerca do "adiantado da hora" em uma terça-feira, asseverou: "somos funcionários públicos remunerados com dinheiro público. Só terminará a sessão após o último processo da pauta". Foi mais ou menos assim. Que exemplo vindo do mais alto cargo no Judiciário brasileiro! Quanta diferença em relação a muito que se vê e ouve por aí.

Contrariamente, exemplo de funcionário público que acha que é "remunerador público", e não "funcionário", é o ministro Joaquim Barbosa. Arrogante e mal-educado, é quase um semi-deus. Mas é pago todos os meses pelo dinheiro do contribuinte.

Logicamente que existem os funcionários públicos atenciosos, humildes e prestativos, sejam municipais, estaduais ou federais, e que são injustiçados por vários atos, o qual eu, como advogado que atua na área Administrativa,  todos os dias defendo seus interesses. E todos esses merecem o elogio dos cidadãos que os remuneram, para que sirva de exemplo a outros tantos remunerados por mim e por você que está lendo este singelo comentário.