quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Exame de Ordem

O STF manteve o Exame de Ordem pela votação de 9x0.

Desde que admitida a repercussão geral no RE julgado ontem, pugnei pela constitucionalidade do Exame.

Disse na terça-feira que não apostava que o STF mantivesse o Exame, mas que tinha plena convicção.

Os motivos para isso estão exarados neste site, é só procurar.

Não irei reiterá-los, pois penso ser mera comodidade e oportunismo vir agora, depois do julgamento pelo STF, e bater no peito se achando com razão e esbravejando contra os movimentos de bacharéis e os que defendiam legitimamente e democraticamente a inconstitucionalidade do Exame. Seria, além de tudo, muito confortável.

Contudo, dei a ‘cara ao tapa’ ao defender minhas pretensões desde outrora. O que ganhei com isso? Conforto cognitivo e orgulho ao ver que a Suprema Corte (ainda) prima pela segurança jurídica esculpida na Carta da República. Ademais, fora evitada uma injusta tragédia na história da Ordem, que desde quando criada, na Era Vargas, lutou pela democracia, manutenção e aplicação da Lei e pela ordem social neste País, e estava sendo achincalhada desde quando surgiu o processo judicial contra o Exame.

Decepcionei-me com alguns por este Brasil a fora que eu acreditava serem homens probos e demonstraram-se rompantes, usando inclusive a tribuna da Casa do Povo para atacar os que apenas defendem suas idéias sob a guarida constitucional da liberdade de expressão.

Este tipo de cidadão e bacharel, que usa da Casa do Povo para atacar verbalmente com ironias demonstra que não tem capacidade alguma para se tornar um defensor da justiça, um advogado da sociedade. Estude mais. Aprenda mais.

E a vida segue. Sem um “mar de rosas”, mas segue em frente. O dinamismo do mundo jurídico não comporta apegos a discussões. Terminada uma, começa outra. Sem amores, nem dissabores.

Avante.