terça-feira, 9 de novembro de 2010

Ainda sobre a pesca e comércio no RS

Repercute a questão levantada ontem aqui no blogue sobre o estudo de comissão de secretarias do RS para eventual liberação da pesca do Dourado e Surubim nos rios do estado.

Recebi muitos e-mails, o qual agradeço, e entre eles destaco os comentários (os demais foram respondidos via e-mail):

"Ao invés das secretarias elaborar estudos deste tipo, os titulares das pastas deviam ter senso ecológico e soltar mais e mais alevinos nos rios do RS. Vida e não morte aos bichos. Cláudio Bockutz, Porto Lucena/RS".

"A liberação da pesca destes peixes contribuirá para o desastre. Já está faltando ante a pesca predatória. Ninguem fiscaliza. Nós é que temos de cuidar os predadores! Que estudo cara de pau esse! Nojento, até. Roberto Henrique Russel, Salto do Jacuí/RS".

"Sou amplamente contra qualquer estudo para possível liberação da pesca do dourado e surubim. Penso é que deviam ampliar a proibição para demais espécies que estão ameaçadas de desaparecer. Os rios estão sujos. Por que os secretários não conferem isso? Por quê é mais fácil canetear dentro de gabinetes da Capital sem conhecer a realidade? Liberação é o caos. Rigidez é a solução. Vamos levantar uma corrente contra isto. Conte comigo, doutor. Antônio F. Osório da Silveira, São Borja/RS".

"Enquanto a comissão estuda este caso vamos fazer a nossa parte indo ao Rio Itú, e ao invés de só praticar a pesca esportiva, que tal largar alguns alevinos? Em nome do Piracema Pesca Esportiva pedi ao amigo Andre Fabrin encomendar 400 alevinos de Piava
(Leporinus obtusidens) para largar no Rio Itú. O cento dos alevinos custa R$ 25,00 então os 400 vão custar R$ 100,00, e peço que quem queira colaborar deixe o valor que quiser com o amigo Tiburcio Lunardi (auto-elétrica no final da rua Pinheiro Machado), pois caso o dinheiro arrecadado for mais que R$ 100,00 compraremos mais alevinos. Eduardo Campanher ("Dunga"), Santiago/RS".

"Aqui em Dona Francisca, em uma ação conjunta com a Prefeitura Municipal, foram colocados no rio Jacui 5.000 alevinos de jundiá. A escolha da espécie se deve a que o jundiá, além de ter carne saborosa, é um predador da larva do "Borrachudo", praga que infesta nossa região. Esta soltura se deu há três anos e, como trata-se de um rio, não temos índices de sobrevivência e evolução.O que causa preocupação são os 'arrastões de redes', muito comuns por aqui. São redes de malhas pequenas e que causam um prejuizo enorme ao desenvolvimento de várias espécies.As ações fiscalizatórias são esporádicas e em horários pré determinados.Embora os percalços, sempre vale a pena fazer um pouco em troca do muito que a mãe natureza nos proporciona.Wylner Cesar Fernandes Ribeiro, Dona Francisca/RS".

O Advogado e pescador esportivo Heitor Milanin, de São Francisco do Sul/SC, deixou como dica o envio de e-mails, para quem quiser, aos sites da Secretaria do Meio Ambiente do RS, que é http://www.sema.rs.gov.br/, e Secretaria da Agriculutra, Pecuária, Pesca e Agronegócio, que é http://www.saa.rs.gov.br/ , manifestando-se contra este estudo e eventual liberação da pesca.

Eu repudio a liberação da pesca e o comércio do Dourado e Surubim nos rios do Estado do Rio Grande do Sul e sou contra estudos relativos a qualquer ação que vise a liberação da pesca e o comércio destes peixes ou flexibilização das normas proibitivas já existentes.