quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Lula, o maior algoz do país, é a eterna vítima para milhões de alienados, por Rodrigo Constantino

A extrema-esquerda brasileira não sobrevive sem Lula, ao menos não no curto prazo. Não foi capaz de se reinventar, de criar substitutos, alternativas, um plano B. Sejamos francos: por seu culto à personalidade, pela típica mentalidade brasileira que busca um “paizão”, e pelo populismo vitaminado do petista e alimentado pelos “intelectuais” por décadas, o fato é que Lula ficou maior do que a esquerda.
Por mais que essa dependência incomode muita gente, a turma abaixa a cabeça por puro pragmatismo: o ladrão condenado ainda é sua maior chance de voltar ao poder e, com isso, distribuir benesses estatais, ou seja, espalhar a pilhagem entre seus comparsas. De olhos rútilos voltados a esse apetitoso butim, o pessoal engole o amargo e adere ao coro: Lula, Lula!
O bandido, claro, regozija-se, aproveita-se da situação, aproveitador que sempre foi. Sabe que, para ele também, a candidatura é a única forma de fugir da Justiça, de tentar se blindar com a narrativa de perseguido político. Para a esquerda, só a narrativa importa, e ela é poderosa. Lula, apesar dos milhões todos no banco, é o operário pobre que as elites querem destruir para preservar o sistema de injustiças, a “casa-grande”. Há quem caia na ladainha. Há idiota para tudo!
Leandro Narloch acredita que Lula não quer ser candidato. Subestima, em minha opinião, tanto a sede de poder do próprio, como a necessidade que milhões de boquinhas têm de sua vitória, justamente para preservar as tetas estatais. Em seu raciocínio, resumido no trecho abaixo, Narloch demonstra desconhecer o grau de psicopatia dos socialistas, e ignora, por exemplo, que Maduro vive exatamente assim na Venezuela, e nem por isso quer abrir mão do poder:
Se ganhar, pior ainda. Todos os holofotes se virarão para seus escândalos e os do seu partido, que já é uma terra arrasada de presos, processados e acusados de corrupção. Lula viverá mais quatro anos do inferno de demandas populares, crise econômica e delações da Lava Jato. Será uma figura apagada e envergonhada em conferências internacionais. Com pouca força no Congresso, correrá o risco enfrentar processo de um impeachment como Dilma. Não: Lula não quer se candidatar e muito menos ganhar a eleição.
O grande erro que muitos cometem é analisar o PT como se fosse outro partido qualquer, usar a nossa lógica para imaginar os passos dos petistas. Essa gente não é igual ao restante. Tem em seu DNA o totalitarismo, está disposta a tudo pelo poder, e não mede esforços para preservar seus privilégios. Imaginar que fazem cálculos como os outros, que possuem ambições parecidas, é um grave erro de análise.