segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Sócio da Kiss quer indenização do poder público por negligência, responsabilizando o promotor Ricardo Lozza

A defesa de Elissandro Spohr, o Kiko, um dos sócios da boate Kiss, vai entrar, nesta segunda-feira (25) com um pedido de indenização contra o poder público. A alegação é de que  ele está sendo responsabilizado por erros cometidos pelas instituições e agentes públicos responsáveis pela fiscalização.
“Se o empresário é fiscalizado pelo Corpo de Bombeiros, pelos fiscais do município e pelo Ministério Público, tendo várias audiências com o promotor de Justiça, que autorizou o funcionamento da forma como estava, não é possível que ele seja responsabilizado como está sendo, tanto na esfera pública quanto na criminal por erros, falhas e incompetência do poder público”, explicou o defensor de Kiko.
O processo pede uma indenização total de aproximadamente R$ 528 mil, correspondente ao pagamento de 40 salários mínimos de 15 pessoas e instituições que, de acordo com a defesa de Kiko, tiveram envolvimento na concessão das autorizações para a boate funcionar.
“Analisamos todas as licenças e alvarás concedidos pelos agentes públicos, bem como o material da época do acidente, e as manifestações dos são de que a boate estava de acordo com a legislação”, afirma o Advogado.
De acordo com ele, em 2011 o Ministério Público indicou o engenheiro responsável pelo projeto que visava a contensão do vazamento de som da boate, no Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado pelos sócios da Kiss com o MP. “Foi discutido e aprovado por ele (promotor Ricardo Lozza) em 2011, coma  realização da obra em 2012, e ai na cláusula 8 do TAC, o MP assumiu o compromisso de fiscalizar a obra. Foi ai que veio a negligência”, justifica o defensor.
De acordo com o Advogado a obra não resolveu o vazamento e a espuma foi instalada, “e aí, o MP ao invés de fiscalizar, determinou que fossem feitas as fotografias apenas e depois abandonou completamente o inquérito até o dia da tragédia", finaliza.
O dinheiro, segundo o Advogado, será doado para os familiares das vítimas.
(G1 / RS) 
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E o MP/RS sequer autorizou uma investigação contra o promotor Ricardo Lozza. Intocável? Ou intocáveis? Vergonha.